Em qualquer profissão, é natural que todo profissional aspire alcançar o topo e se destacar em sua área. Não há nada de errado nisso, afinal, como seres humanos, buscamos constantemente evoluir. No entanto, é importante entender que todo processo de evolução, seja pessoal, espiritual ou profissional, é gradual e requer muito empenho, e por isso, chegar ao topo pode ser mais desafiador do que imaginamos. Qual é o segredo para alcançar o topo?
Preparação: Podemos decidir subir uma montanha, mas sabemos que não é tão simples quanto ir ao shopping. Subir uma montanha requer preparo e dedicação. Antes de começar, é preciso adaptar o corpo à altitude, já que o ar rarefeito exige mais esforço do organismo para funcionar com menos oxigênio. Sem essa preparação, corremos o risco de desenvolver edemas pulmonares e cerebrais, que podem ser fatais. Manter o corpo bem hidratado é fundamental para minimizar sintomas como náuseas, cansaço e dor de cabeça.
Na vida profissional, alcançar o topo da montanha também exige preparação e dedicação. É preciso manter o foco e ter consciência de que, no ambiente de trabalho, estamos dando início a uma jornada diária rumo ao cume. À medida que avançamos, temos a oportunidade de conhecer o caminho, pois ninguém deseja percorrer um trajeto desconhecido e enfrentar perigos imprevistos. A caminhada pode ser longa, mas é essencial percorrê-la convictos de que não conseguiremos fazer isso sozinhos.
O ambiente de trabalho é altamente competitivo, mas não é sensato enxergar outros profissionais como inimigos, transformando o ambiente em um campo de batalha. Ao fazer isso, desviamos nosso foco de investir em nossa própria preparação para gastar energia tentando impedir o progresso dos colegas. Qual é o problema se um colega avança? Ele tem seus objetivos, e não devemos puni-lo por isso.
Essa jornada não pode ser percorrida sozinha; precisamos de pessoas que estejam na mesma direção, dispostas a nos ajudar. É importante aprender a valorizar o trabalho em equipe. Trabalhando juntos, temos mais chances de alcançar nossos objetivos, pois cada pessoa possui qualidades e talentos únicos, unidos e determinados a alcançar um objetivo comum: chegar ao topo.
Se decidíssemos escalar o Everest hoje, teríamos coragem de fazer isso sozinhos? Provavelmente não. É perigoso, podemos ficar doentes, sermos atacados ou até mesmo roubados, e há um grande risco de nos perdermos, mesmo com um mapa. O que fazer então? Quem seria a pessoa ideal para nos acompanhar? Certamente um guia, alguém que conhece o caminho e pode nos levar com segurança ao nosso destino.
No ambiente de trabalho, quem seria nosso guia? Nosso líder. Se desejamos alcançar o topo, devemos seguir os passos de alguém que já esteve lá. No entanto, é importante não nos tornarmos arrogantes a ponto de achar que podemos seguir sozinhos em determinado ponto da jornada, como disse Friedrich Nietzsche: "A vida fica mais dura perto do topo."
Quanto mais nos aproximamos do topo, mais ajuda precisamos. Estar perto do topo significa ter percorrido um longo caminho; é nesse momento que o cansaço se faz presente. O caminho, antes amplo, torna-se estreito, íngreme e cheio de obstáculos que podem desestabilizar nossos passos. Precisamos caminhar mais devagar e com cuidado, e é aí que o desafio real começa. Infelizmente, muitos profissionais tendem a dispensar a ajuda do líder no momento mais importante, quando estão perto do topo.
Perto do topo, os ventos são mais fortes, as pedras tendem a rolar, a temperatura e o nível de oxigênio diminuem. Precisamos respirar com cuidado, e nosso coração começa a acelerar. Com menos oxigênio, nossa atividade cerebral é afetada, e nossa capacidade de tomar decisões pode ser comprometida. Pensamentos e ilusões podem se misturar, e é provável que tenhamos devaneios. Como passar por isso sozinhos? Neste momento, precisamos de alguém experiente ao nosso lado, alguém que nos transmita segurança e nos dê orientações para evitar falhas.
Muitos profissionais chegam muito perto do topo, mas não o alcançam devido à arrogância de achar que já estão prontos e podem seguir sozinhos. Sem preparação, o cérebro é gravemente afetado pela altitude.
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