A vida é algo tão extraordinário, que defini-la seria quase impossível, dada a sua singularidade. Eu a comparo a uma grandiosa e perfeita produção cinematográfica, onde o início se dá através de uma história, escrita pelo melhor autor do universo, Deus. Nessa narrativa, nós somos os protagonistas.
Acredito que houve um cuidado especial de Deus, ao escrever cada história, desejando que todas tenham um final feliz, como sua palavra testifica: “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.” (Romanos 2:11). Sendo assim, Ele não escolhe um grupo para terminar bem e outro para terminar mal. Então, por que isso acontece? Porque o autor da nossa história, ao contrário dos autores de ficção, nos inclui no processo da autoria, dando-nos a opção de fazer escolhas. “Eis que hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição” (Deuteronômio 11:26).
Deus nos mostra o caminho, e nós decidimos se o trilhamos ou não. Parece simples, não é mesmo? Infelizmente, não é tão simples assim. Não é fácil entender por que, nessa produção cinematográfica chamada vida, algumas pessoas têm os “papéis mais interessantes”, enquanto outras se contentam com participações especiais ou até mesmo com a posição de figurantes. É importante deixar claro que essa não é uma condição imposta por Deus; Ele colocou a todos na posição de personagens principais.
O que nos faz sentir como se tivéssemos assumido papéis inferiores é simplesmente nossa percepção. A maneira como nos vemos determina como nos sentimos em relação aos outros. Deus não nos deu o privilégio de vir a este mundo por acaso; somos extremamente importantes e amados por Ele. “Deus é amor...” (1 João 4:16). Precisamos compreender que somos únicos e que cada um, em sua posição especial, tem uma missão a cumprir. E em cada missão, Deus nos deu um dom especial, uma capacidade inata.
Na prática, um dom é a habilidade de desempenhar com facilidade tarefas complexas que são difíceis para a maioria das pessoas. É algo muito especial e muito importante. Precisamos mudar a visão de que o dom de algumas pessoas é mais útil, importante ou até mais divertido que o nosso. Esse pensamento é ingrato e egoísta. Para que qualquer projeto seja bem-sucedido, é preciso que haja um excelente trabalho em equipe, onde cada um possa exercer com excelência o seu dom.
Assim como em nosso corpo não há apenas uma parte, na vida, cada um de nós assume o papel principal, sabendo que todos têm uma missão a ser cumprida. Para que alguém esteja no palco, a equipe por trás das cortinas precisa trabalhar arduamente. E para que o palco valha a pena, precisamos nos esforçar para que a plateia faça sua parte.
Todos devemos aprender a valorizar e honrar nossa história, nos esforçando para cumprir a missão para a qual fomos chamados. Seja qual for nossa posição ou função nesta terra, é preciso entender que, por mais fútil, difícil ou até chata que pareça ser, isso não é verdade. Você, eu, nós, somos igualmente importantes e especiais, protagonistas e não figurantes da nossa história de vida.
“Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas.” (1 Pedro 4:10)
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